Não há boa vida que dure como não há bem que perdure.
Na última semana, contam-se pelos dedos das mãos, o número de horas que estive em casa, o que traz consequências como pilhas de roupa para arrumar, pilhas de roupa para pôr para lavar, resmas de fotocópias por organizar em separadores, e nem vou falar em estudar porque aí é que a porca torcia o rabo.
Hoje esta semana de excessos acaba, e entretanto, organizo os apontamentos, faço o trabalho de Literatura Comtemporânea, leio o livro sobre a hermenêutica na literatura e faço outra quantidade de coisas que, por agora, não me estou a lembrar.
Enquanto a minha vida regulariza, vejo-me ainda com a alma corrida pelo chão, coberta de pó e cotão.
Os nós dos dedos já não se cerram, as articulações já não se prendem porque com lados felizes eu já não me iludo. Quer dizer, eu continuo a não acreditar naquelas palavras arrancadas a ferros, mas ao mesmo tempo, já não continuo a incomodar-me com isso (Ich habe nicht bereute, oh non rien de rien).
Há mais uma noite antes das doze badaladas e eu só queria que um dos meus sapatos se perdesse.
É isso ritinha, estuda :)
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