Estou mesmo cansada. Parece que um camião passou por cima de mim e fez marcha atrás.
As horas que os dias têm não são suficientes para se conseguir fazer tudo, para se conseguir falar com aqueles que realmente importam.
As costas doem-me, a cabeça pesa-me, as pernas prendem-se, a postura curva-se e os pés queixam-se.
Eu queria muito ir sair hoje com os meus amigos mas o meu corpo não deixa. O meu corpo empurra-me para o sofá, a boca boceja sozinha e os olhos ardem. Eu queria muito ir sair mas não consigo (e sei que amanhã quando acordar cedo vou-me arrepender de não ter ido).
Eu também queria contar-vos muitas coisas mas não consigo e não é só o cansaço que mo impede. É o orgulho, é o amor próprio, é a self preservation.
Mas entretanto, e mesmo que as horas que os dias têm não sejam suficientes, numa das alturas em que trajei nestes últimos dias, a Castilho acusou-me a mim e a mais dois colegas de capa numa aula, de pessoas de excessos e responsáveis de problemas sociais como o Bullying. (a sorte dela foi a carapuça não me ter servido e também há o pequenino pormenor de que não posso comprar-lhe uma guerra já que não quero ficar com a cadeira por fazer).
Não sei se já repararam nos meus icons laterais do blog, mas num ímpeto de loucura decidi ir ver o Michael Bublé.
O meu Zé vai comigo <3
Zé diz: - "Já viste Rita, que sorte? No mesmo ano vais ver duas das referências da música que mais gostas".
Não Zé. Sorte é ter alguém como tu.
E não me interessa que o Bublé seja um cantor romântico.
E não me interessa que não fosse assim a maneira que eu imaginava quando o fosse ver.
Interessa-me ir e ter o Zé lá.
«All of me, why won't you take all of me?» 'Cause they already take almost all of me.
(Michael Bublé)