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terça-feira, abril 13, 2010

segunda-feira, abril 12, 2010


Ninguém devia ser obrigado a despedir-se de um amigo.
Mas amanhã vou ter de o fazer.

(Rasei os meus olhos com água e o meu coração com a dor da partida).

domingo, abril 11, 2010

«Mein Herz brennt»


Estou de luto.
(Deixem-me odiar este dia,
deixem-me odiar Abril, deixem-me odiar Outubro.
Porque há dias e meses que nos arrancam pedaços da alma.
Deixem-me chorar)

domingo, fevereiro 07, 2010

Corações partidos

Só conhecemos certas realidades quando as sentimos na pele.
Só nos apercebemos do real dessas realidades quando começamos a fazer parte delas.
Eu tinha noção que, encontrar casais com uma relação sólida como a que eu tinha, era de facto difícil.
O que eu não tinha noção era a quantidade de pessoas que anda por aí, como eu ando (correcção) andava, com o coração partido.
É incrível como, de facto, somos muitos, os corações partidos e abandonados. E por sermos muitos, juntamo-nos, unimo-nos, ajudamo-nos uns aos outros, na ínfima esperança de confortar um coração que padece do mesmo mal que o nosso.
Dei por mim perdida nas palavras e nas memórias a dizer a outro coração partido que devia pesar tudo, e antever tudo o que poderia acontecer e dei-lhe o meu exemplo.
Eu sofri durante dias e semanas pela dor do bem perdido mas se o Amor viesse ter comigo, e me pedisse para entrar dentro do meu peito eu trancava-lhe a porta. Perguntaram-me porquê, e eu disse que tinha plena noção de que nunca mais conseguiria aceitar aquela pessoa, não pelo mal que me fez ao rasgar-me o peito, mas porque a nossa relação nunca mais seria a mesma, seria assombrada e compadecida de males que arrastaria do passado.
A nossa relação tornar-se-ia numa totalmente diferente, e não na que eu queria de verdade.
Para além de saber perdoar, é preciso viver com o perdão e é preciso aceitar que aquilo tudo (as dores, os males, as lágrimas, os enjoos, as olheiras das noites não dormidas) fica no passado e quem nos fez aquilo deixa, de ter culpa ou responsabilidade.
Eu sei que não conseguia perdoar e foi por me ter apercebido disso à cerca de um mês que as coisas, começaram a diluir-se.
Perguntaram-me o que é que eu havia feito com o sentimento, com o amor reprimido, com a dor enclausurada e eu disse a esse coração partido:
«Não pára de doer, não desaparece, mas, eventualmente, acaba por não pesar tanto no peito, acaba por se adaptar a ti como uma cicatriz que cresce sobre uma ferida ensanguentada. O amor...bom, isso depende do caso.»
"E qual é o teu caso? É como o meu?"
«Não.» respondi, « O meu caso não é o mesmo que o teu. O que eu fiz foi aperceber-me que, a pessoa pela qual chorava já não existia, perdeu-se algures do tempo.O Xuxu morreu, e a pessoa que existe perante a imagem dele não é a que eu amo, por isso, é como estar de luto, tens de te despedir da pessoa que perdeste
"Acreditas mesmo nisso?"
«Acredito. Acredito mesmo»
Pior do que saber perdoar e acarretar o que isso implica é perdoarmo-nos a nós próprios por não conseguirmos perdoar o outro.
Estou tão habituada
a perder as pessoas que amo
que aceitar a despedida
tornou-se também
num hábito.