Só conhecemos certas realidades quando as sentimos na pele.
Só nos apercebemos do real dessas realidades quando começamos a fazer parte delas.
Eu tinha noção que, encontrar casais com uma relação sólida como a que eu tinha, era de facto difícil.
O que eu não tinha noção era a quantidade de pessoas que anda por aí, como eu ando (correcção) andava, com o coração partido.
O que eu não tinha noção era a quantidade de pessoas que anda por aí, como eu ando (correcção) andava, com o coração partido.
É incrível como, de facto, somos muitos, os corações partidos e abandonados. E por sermos muitos, juntamo-nos, unimo-nos, ajudamo-nos uns aos outros, na ínfima esperança de confortar um coração que padece do mesmo mal que o nosso.
Dei por mim perdida nas palavras e nas memórias a dizer a outro coração partido que devia pesar tudo, e antever tudo o que poderia acontecer e dei-lhe o meu exemplo.
Eu sofri durante dias e semanas pela dor do bem perdido mas se o Amor viesse ter comigo, e me pedisse para entrar dentro do meu peito eu trancava-lhe a porta. Perguntaram-me porquê, e eu disse que tinha plena noção de que nunca mais conseguiria aceitar aquela pessoa, não pelo mal que me fez ao rasgar-me o peito, mas porque a nossa relação nunca mais seria a mesma, seria assombrada e compadecida de males que arrastaria do passado.
A nossa relação tornar-se-ia numa totalmente diferente, e não na que eu queria de verdade.
A nossa relação tornar-se-ia numa totalmente diferente, e não na que eu queria de verdade.
Para além de saber perdoar, é preciso viver com o perdão e é preciso aceitar que aquilo tudo (as dores, os males, as lágrimas, os enjoos, as olheiras das noites não dormidas) fica no passado e quem nos fez aquilo deixa, de ter culpa ou responsabilidade.
Eu sei que não conseguia perdoar e foi por me ter apercebido disso à cerca de um mês que as coisas, começaram a diluir-se.
Perguntaram-me o que é que eu havia feito com o sentimento, com o amor reprimido, com a dor enclausurada e eu disse a esse coração partido:
«Não pára de doer, não desaparece, mas, eventualmente, acaba por não pesar tanto no peito, acaba por se adaptar a ti como uma cicatriz que cresce sobre uma ferida ensanguentada. O amor...bom, isso depende do caso.»
"E qual é o teu caso? É como o meu?"
«Não.» respondi, « O meu caso não é o mesmo que o teu. O que eu fiz foi aperceber-me que, a pessoa pela qual chorava já não existia, perdeu-se algures do tempo.O Xuxu morreu, e a pessoa que existe perante a imagem dele não é a que eu amo, por isso, é como estar de luto, tens de te despedir da pessoa que perdeste.»
"Acreditas mesmo nisso?"
«Acredito. Acredito mesmo»
Pior do que saber perdoar e acarretar o que isso implica é perdoarmo-nos a nós próprios por não conseguirmos perdoar o outro.
Estou tão habituada
a perder as pessoas que amo
que aceitar a despedida
tornou-se também
num hábito.
a perder as pessoas que amo
que aceitar a despedida
tornou-se também
num hábito.
coraçao partido + coraçao partido = coraçao unido
ResponderEliminarte rimou ^^
Gostei muito deste teu post. Sem duvida, a dor de perder alguem `e infindavel e nunca desaparece. Mas chegas a um ponto em q sorris outra vez e o bom comeca a entrar aos poucos na tua vida, no teu coracao novamente. E por fim, afundara o mau. E tudo voltara ao normal. E de certo, voltaras a amar. :) Eu voltei. E acredita, NINGUEM deu mais cebecadas do que eu!
ResponderEliminarTalvez esta "ferida" nunca cicatrize,talvez esta dor nunca desapareça,talvez fique apenas adormecida no tempo!...
ResponderEliminarAdorei o texto^^
preciso de alguém
ResponderEliminarque me faça mover castelos
o inatingível
me faça sentir uma amazona
mulher de força e coragem
incrível
Camila Paier
Obrigada*
ResponderEliminarPaz a sua alma que não retorne mais!
ResponderEliminar"Para mim não é arte!" é o teu comentário, mesmo sem saberes, que os cinco copos na primeira fotografia estavam cheios com a urina da artista.
ResponderEliminarNa posta: É arte ou não? coloquei todos os trabalhos, que não gostei; no entanto no "Rundgang" havia também excelentes trabalhos, que tu também, de certeza, não
gostavas, porque serem demasiado modernos para o teu gosto.
Lembraste do Tony Cragg? Publiquei há bastante tempo algumas esculturas dele no "ematejoca azul", que tu não gostaste; é agora o reitor da Academia de Belas Artes de Düsseldor.
Desculpa o tema, mas é o meu mundo!!!
Como nunca tive o coraçao partido por causa de um homem, tenho dificuldade em te compreender...
É verdade Rita, somos incrivelmente muitos. E eu podia dizer que o passar do tempo ajuda, que o pensares que a tua vida tem de seguir em frente (porque tem) ajuda e que, por incrível que pareça, tudo passa e sempre melhora. Pronto, já o disse! Mas tenho a certeza que tu já sabes disto tudo e já deves ter pensado nisto tricentilhões de vezes.
ResponderEliminarPorém, há sempre, sempre um 'mas'. Um 'mas' que está sempre ali, caladinho, sem fazer barulho, mesmo que não olhes para ele.
O Passado é um lugar estranho. Lá, as pessoas são diferentes. (E tenho a certeza que não tens a mais pequena noção do quanto eu te percebo.) :) *
Eu demorei mais algum tempo a chegar a esse patamar, infelizmente. Mas o que interessa é que cheguei. E tu também :)
ResponderEliminaroh Ana pessoas bonitas como tu não podem ficar tristes, e muito menos sozinhas ;)
ResponderEliminarAna C.
Time moves mountains :)
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