segunda-feira, dezembro 06, 2010

Eu não era assim

Há uns tempos atrás eu vociferava com qualquer tipo batota associado ao desempenho académico fosse de quem fosse.
Para mim, os frutos do sucesso académico deveriam vir do esforço e dedicação da actividade do estudo, e foi assim que fiz o meu percurso académico.
Quando cheguei ao segundo ano da licenciatura e vi-me com a situação de duas cadeiras sobrepostas, apercebi-me que, por muito estudo que houvesse, o resultado final nunca seria famoso. Foi por isso que reneguei ao meu principio de não copiar, e fazê-lo, como a grande maioria dos meus colegas.
Não é nada de que me orgulhe, não é nada que seja digno de se fazer, mas dadas as circunstâncias e o "se não os consegues vencer junta-te a eles", era o mais vantajoso para mim.
Copiar para mim não é opção. Sinto que estou a trair os meus próprios conhecimentos, e depois há o medo de ser apanhada. Esse medo avassala-me, impedindo-me desde então a ceder à tentação de simplesmente tentar copiar.
Porém amanhã tenho de vencer esse medo. Tenho uma frequência sobre a « Sociolinguística Histórica e Periodização linguística em reflexões sobre a distinção entre português arcaico e português moderno» e é como se estivesse a tentar decorar uma língua que nunca ouvi em parte alguma.
Os meus valores e os meus conhecimentos que me perdoem, eles sabem o quanto eu me vou penalizar interiormente por ceder ao copianço, mas em tempo de guerra não se limpam armas, e o medo agora não é o de copiar, é o de não o conseguir fazer.

16 comentários:

  1. olá! eu frequentei o primeiro ano de dois cursos superiores, de Psicopedagogia Curativa, actual Lusófona, acho e ficava estupefacto nos exames, ao verificar que tudo copiava com cadernos em cima das pernas. Eu nunca copiei, sempre tentei estudar por mim. Mas ficava admirado ao ver, que aqueles que participavam nas aulas, também copiavam. Passado uns anos, no Isssp, bons e médios alunos também copiavam. Um amigo de família, que era Professor lá disse que até colocou o jornal á frente da cara, para ver se eu copiava, e ficou admirado, por eu não tentar copiar. A verdade é que nunca tive a coragem de copiar. A minha Mãe é Professora, embora na reforma e sempre disse " se os outros copiam, copia também " mas eu nunca tentei copiar. Tinha receio de ser apanhado, e de chegar a casa e dizer " fui apanhado".. por essas e por outras, não tirei curso superior. No primeiro curso, fiz 4 ou 5 cadeiras, no segundo curso, foi diagnosticado cancro ao meu avô e eu fui-me um bocado abaixo. Queres um conselho? se puderes, tenta copiar, copia, porque todos copiam. Mas se não precisares de copiar, não copies. beijos e as melhoras

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  2. Se puder copio (pelo menos amanhã) mas até para se copiar é preciso saber-se como o fazer, copiar não é para burros, é para os atarefados.

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  3. olá! tens toda a razão. boa sorte para amanhã e que tudo corra bem. força! beijo

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  4. Que (mau) exemplo, Rita. Se o vais fazer, achas bem denúncia-lo no blogue?

    Anyway, boa sorte (mas não copies).

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  5. Quem nunca errou que atire a primeira pedra.

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  6. Mas sentes-te melhor em denunciar-te?

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  7. Não me sinto melhor nem pior porque não tenho vergonha de nada, isto não é recorrente nem usual, e mesmo que fosse não é um crime.
    E tu? Sentes-te melhor agora que estás esclarecido?

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  8. E eras capaz de assumir isto perante o teu professor. Não sei qual o teu conceito de crime, mas acho que não deves considerar apenas aqueles que constam no código penal...
    Eu não tenho de me sentir esclarecido, apenas acho lamentável a tua auto-denúncia, perante um teu colega de curso, apenas e só isso...

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  9. Um crime é pagar mais mil euros de propinas por ano por uma educação superior.
    Ser fingida é que era lamentável para com os meus colegas.

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  10. Crime é pagar mais mil euros de propinas? Acho que não chumbarias o ano, apenas por uma cadeira. E aqueles que se esforçam, para obter um melhor resultado, será que não merecem a aprovação?

    Ah, não te esqueças que estás a ser "fingida" para como o docente da cadeira ;)

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  11. Oh ritinha tu ainda aceitas estas provocações no teu blogue?Que gentinha insuportável.

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  12. Não chumbava o ano por uma cadeira mas depois podia ter de ficar MAIS um ano por causa de uma cadeira, o que significava mais de mil euros novamente.
    Há docentes que pela quantidade de matéria que dão no programa tem a perfeita noção de que há quem tenha de recorrer a cábulas, e não me justifico mais, era o que faltava.

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  13. Bem, mas que má recepção por parte da user "C****", eu não pretendo criar qualquer clima de tensão entre as partes, apenas alertei para o constatado.

    Reconheço que não seja por falta de capacidade e dedicação da tua parte, e como uma vez não são vezes, estás ilibada de qualquer acto. (Para ser honesto, dúvido cada vez mais dos professores daquela Casa).

    Boa sorte, de qualquer forma.

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  14. A C*** certamente julgou que eras um anónimo em particular que tem um gosto especifico em embirrar e em ser mal educado comigo aqui no meu próprio espaço.
    Obrigada, não copiarei de consciencia tranquila, isso é certo.

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  15. Ya, eu não gosto que se assine em anónimo. Eu não assino o meu nome todo mas ao menos deixo-lhe uma marca ;)

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  16. Sou um anónimo de gosto refinado, e não tenciono provocar alguma desavença no mundo virtual.
    Porque o meu amor não espera, o coração chama-me para ver um filme.

    Até amanhã e definitivamente "Good luck".

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