Há uns tempos atrás eu vociferava com qualquer tipo batota associado ao desempenho académico fosse de quem fosse.
Para mim, os frutos do sucesso académico deveriam vir do esforço e dedicação da actividade do estudo, e foi assim que fiz o meu percurso académico.
Quando cheguei ao segundo ano da licenciatura e vi-me com a situação de duas cadeiras sobrepostas, apercebi-me que, por muito estudo que houvesse, o resultado final nunca seria famoso. Foi por isso que reneguei ao meu principio de não copiar, e fazê-lo, como a grande maioria dos meus colegas.
Não é nada de que me orgulhe, não é nada que seja digno de se fazer, mas dadas as circunstâncias e o "se não os consegues vencer junta-te a eles", era o mais vantajoso para mim.
Copiar para mim não é opção. Sinto que estou a trair os meus próprios conhecimentos, e depois há o medo de ser apanhada. Esse medo avassala-me, impedindo-me desde então a ceder à tentação de simplesmente tentar copiar.
Porém amanhã tenho de vencer esse medo. Tenho uma frequência sobre a « Sociolinguística Histórica e Periodização linguística em reflexões sobre a distinção entre português arcaico e português moderno» e é como se estivesse a tentar decorar uma língua que nunca ouvi em parte alguma.
Os meus valores e os meus conhecimentos que me perdoem, eles sabem o quanto eu me vou penalizar interiormente por ceder ao copianço, mas em tempo de guerra não se limpam armas, e o medo agora não é o de copiar, é o de não o conseguir fazer.