Agora apanharam-me:

Ontem, numa esplanada pela noite dentro, o A. perguntou-me que livro andava a ler. 

Apanhou-me: "Nenhum." Não foi preciso mais para ter pena de mim própria. 

Afinal, não ter um bom livro para ler é quase tão triste como não estar apaixonado.

É preciso ter azar:

Último ano de estudante pela frente e cortam os míseros 25% de desconto.

Qualquer dia, abrem-nos a carteira no meio da rua.

Expectations:

O problema de gostar de alguém não está em ser se ou não correspondido. Está na real iminência de, mais cedo ou mais tarde, essa pessoa, de quem gostamos, acabar por nos desiludir.

Expectativas. O problema está em criá-las. O problema está em as malditas crescerem ao ritmo acelerado de um amor. Cresce o amor, crescem as expectativas, nascem as desilusões. Nascem as desilusões, aparece o travo amargo das discussões. A boca fica seca, as palavras ásperas. 

Não há maior desilusão que não nasça da maior das expectativas do maior dos amores.

Quando:

Nos fazem uma declaração de amor.

Sem estarmos à espera.

Degustativo:

Estou a dedicar-me aos chás frios porque a época assim o obriga.

(Ainda que tenha acabado de beber um chá de menta bem quente.)

Quando:

Nos falam em ir ao cinema,
e a primeira coisa em que pensamos não é no filme.

Bridges, not walls.

Continuamos a insistir em construir paredes em vez de pontes, entre nós.

Facto:

Sempre que vou ao w.c. de um café ou restaurante pouso a carteira no chão. Só depois é que me lembro que, em alguma das paredes, há um cabide à espera para ser utilizado.

(Vá, Rita. Lembra-te. Faz um esforço. As carteiras agradecem.)

...Blue Jeans, white 'shirt...

Love you more than those bitches before ♪

Quando:

O que fazemos não chega.

Quando as nossas acções não são correctas

mas mesmo assim não mudam.

Não mudam.

Como isto anda:

Se há coisa que me irrite é ter a net lenta. Isso e esperar. Seja pelo que for. Pela internet, pelo pão que ainda está no forno, pelas batatas que ainda estão a fritar.
Outra coisa que me irrita é ouvir na televisão que um homem morreu (acidentalmente) no rio Tejo quando andava à caça ilegal. De quem é a culpa? Da polícia. Porquê? Porque estava a controlar a caça ilegal (ou seja) porque estavam a fazer o trabalho deles. Quer dizer, se um ladrão for a correr no meio da rua, fugido da policia porque roubou qualquer coisa, e for atropelado porque não olha ao atravessar, a culpa também é da polícia? Poupem-me.
O que vale é que a temperatura vai subir outra vez e já não me apanham em casa. Assim, não me irrito ao ver como isto anda.

"I said love, love, love..."

Noites e dias assim,

Quem não as tem?

- Tenho eu.

Porque o Google:

Hoje é um Castelo.

Uh.

Apaixonei-me:

Por um blusão.

E agora?

Aposto que esta noite,
até vou sonhar com ele.

(Agora vais comprá-lo Rita, tem de ser).

Aquela altura do ano em que:

Não há horas para acordar nem horas para adormecer.

Coisas que me irritam:

Aquela gentinha que não percebe o significado de uma ciclo-via.

 - e ainda por cima, vão a andar como se estivessem numa passerele.

Louca que eu fico.

De malas feitas:

Outra vez.

E pronta para partir.

See you later.

Em replay:

Honestly, nothing's felt so sure than when
you were next to me,
next to me.