O meu dentista é meu primo. Sinceramente, julgo que ele não o sabe, e julga que a pura semelhança entre nomes é pura coincidência ou bom gosto.
Nos quase dois anos de consultas mensais, vejo-o quase sempre já de máscara, de luvas, pronto a trabalhar e a construir um sorriso.
Na passada sexta-feira, o meu dentista chegou atrasado. Rompeu pelo consultório e balbuciou-me qualquer justificação sobre o trânsito para o centro do Porto. Eu não ouvi nada na verdade. Perdi-me no seu olhar. Avaliei as suas feições, notei a sua cor de pele mais escura, e revi o meu pai.
Em poucos segundos, a saudade inundou-me o coração e lembrou-me de tudo aquilo o que não pudemos viver.
Tenho mais saudades do meu pai do que as que imaginava ter.
domingo, março 26, 2017
segunda-feira, março 06, 2017
Sobre crescer:
Ok. Eu andei afastada. Muito aliás. As pessoas que me liam já não passam aqui. Normal. Devem ser vítimas do sacana do relógio que teima em correr nas poucas horas livres que um dia nos reserva.
Isto tudo é falta de tempo. Eu sei que soa a desculpa, mas não é.
Ainda assim, vou tentar contrariar esta tendência da vida de me roubar tempo aos dias, e emendar-me.
(Re)começo hoje. Lembraram-se, na empresa, de me dizer que amanhã e quarta-feira vou passar o dia em trainning.
Obrigada pela formação que me vão oferecer na Católica. Façam-me só o jeitinho de me avisar sem ser de véspera. Era simpático.
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