Coisas pequeninas:

Mas tão boas.

Sair do metro a correr para apanhar o autocarro
que ditaria se chegava ou não atrasada ao trabalho.

O autocarro não parou na paragem
porque não havia passageiros que quisessem entrar. 

Eu parei de correr quando, no segundo a seguir, 

o motorista apita (já fora da paragem) 

e abre as portas, ficando à minha espera.

O meu "muito obrigada" não chegou 

para traduzir o bem que aquele pequeno gesto me fez.

Facto da Greve Geral de ontem:

Se não fosse pelo metro, estávamos todos muito bem arranjados aqui no Porto.

Por isso obrigada, Senhores dos Andantes, 

sem os vossos serviços mínimos, tinha sido impossível.

Como este mundo vai:

Velhas à bulha para serem as primeiras a entrar no autocarro.

Fará se não tivessem aqueles "supostos" lugares de cedência. Então é que elas se pegavam!

A diferença está no sabor...

... das pequenas coisas.

Desta vez, na gentileza de um condutor de um autocarro
que me abriu a porta já uns metros depois da paragem,
 fazendo toda a diferença entre chegar atrasada ou não.

E foi exactamente aqui.

Deve ser coisa mensal

Aconteceu outra vez:

Lá ía eu no autocarro, completamente vazio,
com uns vinte lugares vagos e o quarentão
senta-se mesmo ali, no banco ao meu lado.
Fico podre!