Eu nunca acreditei em almas gémeas. Não, esperem. A verdade é que eu nunca pensei muito sobre isso.
A ideia de existirem almas gémeas, ou seja, existir uma pessoa com a qual se cruzam todas as partículas da nossa essência, sempre me pareceu uma fantasia bastante improvável. Depois conheci o D.
Eu já conhecia o D. Amigos de amigos da faculdade. Um olá aqui, outro ali, e pronto. Mas só há um ano para cá é que comecei a conhecer, no verdadeiro sentido da palavra, o D.
Descobri, e continuo a descobrir, até nas coisas mais básicas e corriqueiras do dia-a-dia que somos iguais. Mas não é só. Partilhamos esta igualdade também pela agilidade e força que ambos temos (e tivemos) para contornar as condicionantes que estar vivo implica, mas também por partilharmos, infelizmente, uma das maiores fatalidades da vida.
Mas, não fosse tudo isto suficiente, é sobretudo pela maneira de ser que eu me identifico com o D. Indignamos-nos da mesma forma, somos entusiastas pelo que gostamos, temos um brilhozinho nos olhos quando realmente gostamos de alguma coisa ou de alguém, e somos verdadeiros patetas e lorpas no que toca aos amores (de tal que forma que é o que se vê).
Se existem almas gémeas, assunto sobre o qual até agora eu não dediquei muita atenção, acho que o D. é quem se aproxima mais dessa realidade. É quase como se fosse uma ligação karmica, independente da própria vontade, como se a minha alma, ou a dele (depende da perspectiva) fosse uma refração da outra.
O coração e a alma são diferentes, e independentemente do futuro e do que vier com ele, o D. vai ser, até há data, a minha alma gémea (se tal existe).
O coração e a alma são diferentes, e independentemente do futuro e do que vier com ele, o D. vai ser, até há data, a minha alma gémea (se tal existe).
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