O fim de um ciclo:

´

Grau de Mestre.

O desespero:

De não conseguir reunir com o orientador,

e o medo iminente de perder um estágio já aprovado.

Ai.

Nem parece meu:

Tenho de fazer um plano de proposta de estágio. Um plano a sério. Já não é para um Professor. É para uma empresa. E é para o meu futuro. Para a minha tese, para o meu curriculum.

Vontade? Nula. Zero. Nenhuma. Só Deus sabe o quanto me fartei do word no último ano.

Mas não se aflijam. Nem se lembrem de ir dizer à minha mãe e preocupá-la sem motivos.

O plano vai ser feito nos próximos dias. E raismefoda se não há de ser um plano de estágio do melhor que há. Mas enquanto o esquema mental do plano não se endireita, continuo a trabalhar, vou a um aniversário, e vou estar com quem me faz bem. 

Agora só me apetecia enfiar a cabeça na areia, ou então ser um peru que escapou à panela neste dia de ThanksGiving (espero que hoje pelo menos um se tenha safado).

E Dezembro:

A aproximar-se com mudanças.

Mudanças para o futuro.

Abrir o email e receber:

Primeiro email oficial do Orientador da Tese de Mestrado.

Tese:

As pessoas não se acreditam mas eu não tenho tema para a tese. Ok. Tenho tema. Não tenho é título, e por isso, não tenho orientador. Ainda não o pedi. Mas ainda vou a tempo.

As pessoas não se acreditam, especialmente a minha mãe mas eu não acredito na tese. Quer dizer, eu acredito nela, não acredito é como vou, efectivamente, fazer uma. 

Já me estou a imaginar a chorar, desesperada, engolida em soluços, a desejar nunca ter feito mestrado, desesperada por desapontar quem tem mais orgulho em mim.

As pessoas não se acreditam mas eu, de tempo a tempo, vou pensando nisto. Mais agora que em Setembro começa o segundo ano do mestrado. Eu podia começar já a sofrer por antecipação, como já foi costume meu, mas resolvi aceitar um estilo de comportamento que é a fusão de alguns homens que fui conhecendo na minha vida: deixar andar, muita tranquilidade, e claro, muito mijo. Pelo menos, até ao fim de Agosto. 

A vocês, homens que passaram na minha vida, (onde alguns ainda permanecem) um muito obrigado.

Hierarquias do Poder:

Quando um Professor me diz "Se concordar".

Claro que concordo. Não quero reprovar, 

ou passar com um mísero 10!

Momentos a reter:

Quando a Professora de Globalização e Cooperação numa aula de mestrado diz:

- "Se a malta quer fumar, comer porcarias, e matar-se desta forma, o Estado não tem nada com isso!"

*isto a propósito das leis dos países nórdicos em aplicar uma taxa de imposto sobre comidas altamente calóricas.